
Hoje são doze de agosto de dois mil e dezenove e o mundo não acabou. Mulheres indígenas ocuparam o ministério da saúde e dançaram; o genocídio começou desmantelando o sistema de saúde do índio, aparentemente. Deputado paraguaio faz denúncia estarrecedora, se algo ainda estarrecesse, segundo a qual Bozo estava travando uma guerra econômica para dobrar os vecinos a seu um sete um, incluindo manipulações no negócio da energia e também, pasmem, a ameaça de interromper a venda de arroz ao país; bem, ele homenageou Caxias antes do Ustra. Guerra econômica também na Argentina após triunfo da esquerda nas primárias; capitais especulativos parecem às vezes servir mais para isso do que para… para que servem capitais especulativos mesmo? No Equador o lawfare persegue Correa, que tem prisão decretada. MP entra com liminar para barrar Bozokid em Washington. Mefistoffolis quer desidratar a constituição, aquela que já vale só quando não contraria as operações de mudança de regime ou o racismo institucional, enfim, todos os códigos não escritos que valem mais do que a pobre cidadã de oito oito. Bozo foi derrotado pelo judiciário em sua interferência no mecanismo contra a tortura, a qual não esconde endossar; a ver. No Piauí o Sesc vai inaugurar uma escola militar (?) batizada com o nome do monstro; talvez essas escolas militares formem uma geração de rebeldes, ao menos. A vaza rato abriu um hidrante de revelações, e são mais divertidas que a última. Há um episódio logo após o abate, digo, o acidente do Teori. Tanga Frouxa negocia com entidades impiximeiras, vai saber por qual magnata do petróleo supremacista branco financiadas, um lobbyzinho malandro para nomear o relator da lava rato do agrado deles. Queriam o Barrosão, mas o Fachin tava beleza, ainda não era aha uhu nosso ainda; só não podia ser nenhum dos remanescentes da segunda turma (Leviandowski, Gilmar, Marco Aurélio e Mefistoffolis). Os pedidos de discrição e os deboches da própria ilegalidade (“vou te usar de laranja em outra coisa”) surgem em profusão. Em outro trecho, fala-se em ganhar o apoio há muito ganho do Careca para a inconstitucional prisão antecipada (mais uma vez, são quarenta por cento de prisões antecipadas no sistema carcerário). Por fim, Sarraceno surge mandando preservar os telefones de Cunha, o queridinho cuja prisão os maldosos insistem ser uma farsa (a crer em notícia recente de que ele foi recusado como árbitro de futebol de Bangu, lá está ele sim). E dona Bradley Dodge prorroga a lava rato por mais um ano, nem que seja para não dar o braço a torcer, mas adverte para agirem dento da legalidade: mau menino, mau menino. Ela também, ficou claro, segurou processos contra o Jair na esperança da recondução. Amanhã são os protestos pela educação, mas não apenas. Eu fui a uma reunião da pós e hoje preparamos cartazes; vencendo minha misantropia e me sentindo bem em sair da cadeira, quero até, parece, reincidir naquele velho hábito maldito das paixonices súbitas. Não aprendo? Acaba mundo.
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