
Hoje são vinte e quatro de junho de dois mil e dezenove e o mundo não acabou. O Barroso acaba de derrubar a MP em que Bozonazi “mata no peito” sobre demarcação de terras indígenas, reeditando matéria derrotada no congresso (passar a competência da FUNAI para os ruralistas). O HC do Lula, no entanto, está oficialmente adiado para depois do (veja que graça) recesso judiciário. No RS empresários estão doando armas à polícia, transformando-a assim em milícia fardada; o toque sarcástico é o nome: Lei Rouanet da segurança. No PE, sabe-se de repente que há planos para usina nuclear, conversa estranhíssima. A lei para internar grávidas e evitar estupros, que comentei, é na verdade do Holiday, que ou não sabe que não tem essa competência como vereador, o que é grave, ou sabe e quer chamar atenção sobre si de uma forma macabra, o que é mais grave. A marcha LGBT de SP reuniu estimados três milhões e mandou um tabefe na intolerância. Brics vão se reunir sem o Brasil no G-20, e isso era boa parte da motivação do golpe, mesmo. Maiores protestos desde a cortina de ferro na Tchéquia contra o primeiro ministro Babis, que manipula o Estado para se proteger de acusações. A Etiópia teve uma tentativa de golpe orquestrada por alguém que fora anistiado da mesma acusação; desta vez meteram chumbo nele. E o México, sob Obrador, sucumbiu à águia e caça migrantes. Eu já pensava em me mudar pra lá. Na Colômbia, os ex-combatentes das FARC, que depuseram as armas, estão sendo sistematicamente assassinados. Em Istambul, nem votando de novo o Erdogan fez o prefeito. Para finalizar, eu me sinto até constrangido, mas é meu dever comentar sobre o áudio do Moro humilhando-se ante o MBL, o qual eu não acreditei que pudesse ser verdade. O Sarraceno pede perdão pelo que supostamente teria dito. A esta altura isso vazar é meio bizarro, um áudio de som cristalino ainda. Ao menos parece que abandonaram as teorias escalafobéticas por ora. Acaba mundo.
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