
Hoje são quinze de junho de dois mil e dezenove e o mundo não acabou. Bem, ontem eu apenas mencionei as revelações da #VazaJato, sem me aprofundar no conteúdo. Uma delas envolve o Tanga Frouxa e bagrinhos da operação, alarmados com a possibilidade de Lula ser entrevistado na época da eleição, dizendo que rezavam todo dia pra que o maldito povo escolhesse o que eles queriam. A entrevista à Lhofa foi autorizada por Leviandowsky e sustada por InFucksWeTrust depois de liminar do Novo-meu-Ovo. Se a aparição de Lula elegeria Haddad nunca saberemos, mas que o MP queria desde sempre minar a democracia fica demonstrado para além de dúvida. Digo, para quem liga para fatos, porque o enlameado Fucks foi ovacionado em um voo ontem. No primeiro turno, uma mulher foi expulsa da aeronave por ter se incomodado com um canto bozonazista, o que mostra que os fascistas que não suportam pobres voando estão vencendo, ou ao menos muito à vontade para brandir sua escrotice sem freios. Bem, em outro trecho o Tanga Frouxa admite a fragilidade de sua tese acusatória e vai ao delírio com um achado que seria a maior “prova” do caso Guarujá, uma matéria de jornal sobre os problemas da cooperativa que poderiam PREJUDICAR o casal Lula, donos de cotas que lhes davam direito a uma unidade simples (putativa) numa das torres, que perderia a vista pro mar quando construída a outra torre, lá onde eles garantem que uma unidade tripla era de “posse informal” de Lula e teria recebido reformas suntuosas como propina, sendo que o Povo sem Medo entrou lá e mostrou um imóvel fuleiro. Moro surge então, comemorando as multidões que inflam seu boneco (e seguem inflando), mas principalmente tutelando o Tanga Frouxa e conduzindo, como já se desconfiava, a acusação, ou seja, uma das partes. Em um momento o Sarraceno aprova uma ilegalidade sugerida pelo outro contra uma testemunha recalcitrante: uma notícia apócrifa. Noutro, um réu que fora solto (pelo Teori, e a isso voltaremos) recebe imediata atenção da acusação/juízo; qualquer coisa vale para mandá-lo de volta ao xadrez, com direito a sarcasmo: “porque ele foi condenado nesse caso, oras bolas”. Moro sugere testemunhas, e numa das falas mais graves, acha-se na missão de “limpar o congresso” e chama o supremo de covarde (o que talvez seja, mas por outros motivos). A dupla debate a divulgação do áudio da Dilma, pelo qual Moro pediu perdão e depois despediu já morto o Teori (o único ministro que peitou Moro e cujo avião caiu, com praticamente silêncio da mídia ante notícia tão importante). Quando Moro alega não ter feito nada errado, é sincero. Ele caga pra lei e se crê mesmo iluminado para uma missão maior. O ministro-juiz-paladino recebe do Tanga Frouxa uma lista de envolvidos com a Odebrecht por cargos, encabeçada por “nove presidentes” (ou candidatos ao cargo), e sua resposta deixa claro que vai escolher o que ignorar. Após a revelação de que InFucksTheyTrust, saiu mais material envolvendo o tal Santos Lima e mais bagrinhos reagindo ao interrogatório do Lula, planejando uma nota à imprensa que apelasse, da forma mais apelativa, à bílis do público, usando até a Dona Marisa, em quem Lula teria, na visão deles, jogado a culpa. Um adulto na sala atuou para reduzir a nota a algo mais sólido (sendo sempre manifestação fora dos autos) e agora foi alçado a herói da esquerda, o tal de Assessor 2. Moro descreve a atuação da defesa como “showzinho”. A promiscuidade da Foça-Talefa com a Globo e com o Anta-Agonista do Mainardi pipoca sempre aqui e ali, e os lavajateiros soltam foguete a cada lambida que levam de Lhofa ou Estragão. Ainda vou comentar sobre as manifestações esquerdistas e fascistas que aconteceram, mas não hoje. Em meio a tudo isso, o governador do Rio quer mandar um míssil na Cidade de Deus. Wilson Mitzel. Alô Haia? Acaba mundo.
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