
Hoje são vinte e sete de dezembro e o mundo não acabou. O Brasil está ansioso para a posse do ”mito” e o trabalho da imprensa será cerceado. Eu só volto dia nove, e conforme for posso perder a conexão em Lisboa de propósito. Mas não, tudo aponta pra me mudar de novo pra Campinas, o que inclui retomar a bateria. Cá em Berlim, fui ver o Checkpoint Charlie, com blocos remanescentes do muro e painéis públicos sobre o período. Depois conheci o interessante museu da espionagem e em seguida fui corrido do museu sobre Hitler sem ter visto tudo. Em dado momento eles se referem a seus discursos durante a ascensão como socialistas, se a direita brasileira vê isso, vai à loucura. Talvez seja uma má tradução, e quer dizer aí populista ou algo assim. Que é outra palavra que não significa muito, também. O que eu, na minha ignorância, não sabia é que houve uma revolução de esquerda e uma república soviética abortiva após a derrota na primeira guerra, e isso era a maior esperança dos comunistas russos e o maior medo do capitalismo internacional. Muito cansativo ver dois, três museus no mesmo dia, tinha dito que não faria isso. Mas ao menos deve significar que a preguiça cedeu terreno. Acaba mundo.
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