
Hoje são quatorze de dezembro de dois mil e dezoito e o mundo não acabou. Eu já disse que esta coluna é para que eu leia daqui a dez anos, e eventualmente para o leitor perdido. Pois então há coisas que não me dá vontade comentar mas é importante registrar. A pastora Damares, da igreja no governo, do estatuto do nasciturno e do bolsa estupro, está em todas as bocas por conta de uma história de Jesus subindo a goiabeira. Eu disse, eu nem queria. Ato no congresso lembrando AI-5 atrai onze parlamentares. Mais do que o simbólico, indica como serão as votações. Às vezes eu quase acho que eles podem fazer o que quiserem, mesmo. É um país de escrotos, ou ao menos onde os escrotos venceram. Mas eu vou fazer um pouco pela literatura aqui, um pessoal pelo teatro lá, outro pela música acolá, ser de esquerda vai ser interessante se for proibido e vamos, o jogo não acaba por isso. Acaba mundo.
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