
Hoje são treze de dezembro de dois mil e dezoito e o mundo não acabou. Dia modorrento, com frio e chuvinha fina todo o tempo, mal deu vontade de fazer nada, mas fui ao museu de arte moderna les Abattoirs e valeu bastante a pena. Ainda não dissipei as experiências negativas e fico todo o tempo mentalmente me preparando para me explicar e com medo de ser interpelado. E quando eu pito, então? Eu era paranoico na adolescência, depois chutei o balde, e voltei a ficar cagão? Se a velhice é a segunda infância, a meia-idade só pode ser a segunda adolescência. Descoberto plano de milicianos para assassinar o Freixo. Pior é imaginar os comentários dos bozominions, ou será que eles estão na retaguarda depois do escândalo? Que no fim é isso, escandalização. Cada grande história bombástica gera mais calor que luz e as estruturas mais profundas nunca são debatidas. E nesses três anos mais do que antes, a pirotecnia é quase diária e estabelece uma visão de curtíssimo prazo. Vamos ver se acaba a lua de mel dele com o establishment. Eu duvido. Ou será que aproveitam para botar o Mourão de vez? Hoje é a data dos cinquenta anos do AI-5 e seu equivalente, a alteração da lei antiterrorismo, está só esperando o recesso parlamentar, juntinho da censura a professores. Acaba mundo.
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