Hoje são quatro de novembro de dois mil e dezoito e o mundo não acabou. Tenho até tentado evitar comentar sobre a figura medonha que é o Magno Malta. Todo pastor oportunista já me é detestável, mas esse sujeito é capaz de tudo para se promover, até mesmo ordenar a tortura de um homem por ele falsamente acusado de pedofilia e exibir isso numa CPI. Olho nesse cara, que tem tudo para se manter na entourage de um estado fascista. E cá entre nós, Ministério da Família não parece saído de Mil novecentos e oitenta e quatro? Me dá arrepio. Hoje os jovens fizeram o ENEM e já tem fascistinha reclamando de conteúdo doutrinário. Esses dias em Vila Velha um professor foi preso pra delegacia, dedurado por uma colega, por comentário na sala dos professores contra a perseguição. Essa é a frente mais preocupante dessa guerra ao pensamento, que vai afetar o cotidiano dos professores e das crianças e adolescentes por toda parte. A grande imprensa por sua parte vai ceder à chantagem econômica e se autocensurar, mas não será preciso muito esforço. Quanto tempo faz que as altas instituições do país agem na ilegalidade com a maciça aprovação desses veículos? Agora aparece um jornalista ou outro decepcionado com seu herói Moro. Tendo a profissão que têm é uma admissão de burrice ou má fé. Essa mídia tem um bocado da responsabilidade pela pós-verdade. Até o William Gibson, de Neuromancer, já está sugerindo uma ficção cyberpunk na Amazônia. Acaba mundo.
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