Hoje são quatorze de outubro de dois mil e dezoito e o mundo não acabou. Hoje vou ao casamento de uma amiga, uma das poucas ou poucos conhecidos na internet que viraram amizades reais. E olha que morávamos a mil quilômetros de distância. A Carol costumava ler a Leosfera no passado, e mantinha o belo Mire el lado bueno. Ela trabalha com assistência social, o que me faz sentir um parasita da sociedade me ocupando de literaturas. Acho bonito que haja gente apostando numa vida conjunta, eu já acho qualquer situação que envolva outras pessoas um risco potencial de aborrecimento. Eu prefiro só ir na boa, conversar com pessoas selecionadas, for export, e namoro se tiver que acontecer que seja bem espontâneo, porque eu não vou ficar me apaixonando e fazendo as mais indizíveis asneiras pra passar de bobo, ou pior, psicopata. Não, sério. Sabe o que é mandar versos e flores e ouvir que vão evitar sua presença? Como se a tivesse perseguido com um machado. Pois felicidade à Carol e ao Ciro, e a todos que não comem o mingau do cinismo todas as manhãs. Mas não ia mal conhecer alguém legal na festa.
Deixe um comentário