Hoje são três de outubro de dois mil e dezoito e o mundo não acabou. Estou na ridícula situação de compor um resumo de oitocentas palavras para uma apresentação de vinte minutos. Ocorre que com oitocentas palavras é possível dizer muito mais do que em vinte minutos, de modo que a apresentação será o resumo do resumo, a menos que me deixem falar pelo dobro do tempo. No fim é uma grande bobagem, porque a cada evento shakespeareano desses eu gasto pra participar, e tenho que me perfilar como aspirante, já que não tenho doutorado e não sou ninguém no quem é quem, mesmo que o tema seja relevante e interessante (enquanto boa parte dos peixes grandes fazem falas modorrentas). Besteira. Nada disso faria diferença nenhuma. Nada faria. Eu me dedico a isso de besta. Ninguém lê e mais adiante vão desmantelar as universidades também, proibir as humanidades, e por aí vai. A menos que o Daciolo vença. Já que ele é imprevisível, já é uma chance melhor que com os candidatos que dão ouvidos aos think tanks. Mais uma pesquisa saiu e Boulos agora já se aproxima de dez por cento, roubando de Haddad e Ciro, que não param de brigar entre si. Quem esperaria? Está tudo embolado. Ou emboulado? Só domingo dirá agora. Acaba mundo!
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