Hoje é primeiro de setembro de dois mil e dezoito e o mundo não acabou. Dois anos atrás, sacramentado o golpeachment, este desocupado blogueiro foi até a embaixada dos godemes pra fazer um protesto solitário. Primeiro surgiu um casal fingindo que tiravam fotos como dois turistas perdidos em Brasília, depois apareceu a polícia mesmo. Eles ainda queriam que eu me identificasse, eu disse “é pra isso que vocês são pagos?”, subi na bicicleta e fui embora. Tá vendo como eu sou combativo? Duvido que outro manifestante apareceu lá na representação de quem encomendou o golpe, que as elites locais, destaque para a elite togada, ficaram mais do que felizes em executar. E eu ainda passo por louco quando falo em ditadura ou em interferência estrangeira. O debate é raso e falta clareza sobre a magnitude do que está acontecendo hoje e do que está se projetando para as próximas décadas. É um verdadeiro cenário de fim de mundo. E por falar em fim do mundo, a Rússia responde às movimentações dos EUA para atacar a Síria e realiza manobras no Mediterrâneo, pela primeira vez desde a era soviética. O Irã instalou mísseis no Iraque com alcance para atingir Israel. Em Israel, até o crítico Haaretz ventila a ideia de uma solução final para Gaza. Exercícios navais americanos em águas colombianas. E vocês preocupados com a Coreia do Norte. Acaba mundo!
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