O sol ia alto àquela hora, e sua luz, filtrada pelas cortinas, me ajudava a decifrar as linhas do romance, o qual eu poderia mesmo terminar de ler, em sua extensão bíblica e sinuosidade de linguagem, antes que o mínimo lampejo de energia me incitasse a me levantar, me vestir, calçar os sapatos, ajeitar o chapéu, recolher uns poucos objetos e metê-los na valise, e então abrir a porta e tomar o elevador, caminhando enfim até a recepção, onde a conta poderia ou não ter sido paga pelo noivo que desapareceu enquanto eu dormia.
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