Hoje são vinte e três de julho de dois mil e dezoito e o mundo não acabou. Eu não estou sabendo muito lidar com isso de me propor uma série para comentar os acontecimentos e me ver tão enojado que prefiro comentar sobre romances. Mas há algo que não ficou ainda registrado e é melhor que seja antes que eu me esqueça. Não só a tal operação contra a corrupção é um proxy das estruturas governamentais americanas, não só tem como objetivo único defenestrar e inviabilizar o PT, como ao que tudo indica ela mesma é essencialmente corrupta. O advogado Rodrigo Tacla Durán, que era do quadro da Odebrecht, tem o que ele alega ser provas de que a “força-tarefa” vendia facilidades nos acordos. A Lavajato se recusa a ouvi-lo. Ou seja, perseguição e extorsão na mesma brincadeira. O Brasil leva a justiça em movimento a novos patamares, e se a turma de Moro merece ser comparada à Máfia, à Gestapo ou à Inquisição Espanhola eu deixo a critério do leitor. Que eu vou cuidar do meu Shakespeare e do meu doutorado antes que o mundo acabe.
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