Hoje são quinze de julho de dois mil e dezoito e o mundo não acabou. Estou gostando cada vez mais desta série. Ela responde a um incômodo que eu sentia, uma vez que no passado a Leosfera teve uma fase de comentários políticos, e agora que o circo pega fogo eu não dava mais pitacos. Como se pitaco estivesse em falta no mercado, mas vá lá, se eu conseguir completar o ciclo de 365 paragrafinhos como este, estarei deixando um testemunho destes tempos insanos através de olhos ainda mais insanos. Meu legado ao oblívio. E sim, hoje se decidiu a copa, então aproveito para dedicar algumas linhas ao evento como um todo, antes de deixar isso pra trás de vez. Antes de mais nada, fantástico uma final com seis gols. A França de Mbabbé mereceu pela campanha toda, pela fibra desses rapazes em sua maioria descendentes de imigrantes africanos, e a Croácia de Modric deve sair satisfeita pela bela campanha e pela final inédita. A Bélgica de Hazard também foi bem com seu terceiro, igualmente a melhor campanha deles. A copa por um lado teve poucas jogadas bonitas, mas por outro teve apenas um zero a zero e alguns jogos foram emocionantes. Nesta copa, a Argentina estava desmanchando, e Messi confirmou sua fama de só jogar bem no clube. O Uruguai jogou muito, com Cavani e Suárez, e o Muslera, que foi recebido com festa mesmo após o frango. O irritante futebol inglês chegou até onde pôde, mesmo com o artilheiro “hurricane”. A Alemanha foi motivo mundial de piada caindo na primeira fase, e em último no grupo. O Brasil não tinha um time tão bom quanto pensava e ainda não superou essa história de depender de atuações brilhantes de uma estrela. Precisa haver humildade e levar a teoria a sério. Jogar por encantamento não existe mais. Neymar se destacou… por virar chacota com suas simulações. Coutinho jogou bem no início, depois sumiu, e o centro-avante Jesus não fez um único milagre. Fora isso, eu provavelmente só vou dar atenção a futebol daqui a quatro anos. A menos que… você sabe.
julho 15, 2018 às 10:50 pm |
4 anos e meio… a próxima copa, no Catar, será entre novembro e dezembro…
BOM texto!
agosto 1, 2018 às 1:22 pm |
Muito grato!